Aprenda a criar prescrições com base no raciocínio evolutivo e ajude as pessoas a explorar o máximo de sua capacidade de movimentação
30 novembro e 1 dezembro | 2024
Explore todo o repertório motor de seus pacientes, alunos ou clientes criando engajamento, autonomia e foco na tarefa (não na execução).
Amplie seu repertório terapêutico e crie um olhar verdadeiramente biopsicossocial do seu paciente. Adquira ferramentas para transformar a sua forma de prescrever exercícios, sem ter que descartar aquilo que você já faz, compreendendo o momento de usar intervenções convencionais.
Reinvente seus programas de treinamento a partir das habilidades motoras fundamentais humanas. Inclua um olhar que respeita a natureza biológica, promovendo uma movimentação mais autêntica e engajada.
Explore o potencial do movimento humano sob a luz da evolução, elevando suas aulas a um novo patamar de coerência. Guie seus alunos em uma jornada de autoconhecimento da própria capacidade de se mover, onde o movimento se torna uma expressão genuína da nossa essência biológica.
Eu cheguei no consultório, era uma quarta-feira à tarde, para atender a Dona Tereza.
Ela, na altivez de seus 71 anos, mais pontual que qualquer britânico, já estava me esperando.
Muita gente diria que aplicar à ela um raciocínio evolutivo seria ensiná-la a ficar pendurada, de cócoras ou algo do tipo.
Claro, essa é uma confusão comum sobre o que é a funcionalidade pelo prisma bioantropológico.
Na época, é importante dizer que eu era praticante de Parkour. Nada muito radical, mas algo que a gente praticava muito, era explorar objetos não-convencionais que faziam parte de ambientes comuns.
Um banco de praça, por exemplo, me possibilitava uma vasta exploração, extraindo o máximo de possibilidades para o movimento.
Era incrível ver como movimentos de todo tipo emergiam de um item tão simples, apesar de fazer todo o sentido evolutivo.
Afinal, humanos adaptaram corpos capazes de extrair o máximo de possibilidades de ação a partir dos elementos presentes no ambiente ancestral: terrenos irregulares, pedras, árvores, animais etc.
Voltando à Dona Tereza, não cabia a mim levá-la até a praça e dizer que, tal qual demandava a sua natureza evolutiva, ela deveria ser capaz de extrair o máximo de possibilidades daquele banco.
Parece loucura, porque é. Ainda assim muita gente imagina coisas similares quando se fala sobre raciocínio evolutivo.
Daí, me questionei: qual seria o banco de praça da Dona Tereza?
E, no final das conta, esse é o ponto: encontrar tarefas que façam sentido para a vida daquela pessoa que permita com que ela se conecte com essa capacidade natural de exploração de possibilidades corporais.
Com uma abordagem baseada em constrições, manejando o ambiente e a tarefa, posso permitir que o organismo dela descubra suas próprias respostas.
Se queremos respostas melhores, há perguntas certas que devemos saber fazer ao corpo. E quando feitas, ele sempre será capaz de responder e, muitas vezes, essa resposta pode te surpreender.
a. Introdução à Funcionalidade Bioantropológica
I. Incompatibilidade evolutiva aplicada ao movimento
II. Mudanças de paradigmas nas Ciências do Movimento
III. Princípios da Medicina Evolutiva aplicados ao movimento
b. Controle Motor, dor e exercício
I. Perspectiva evolutiva para a dor musculoesquelética
II. Abordagens de movimento e progressos no Controle Motor
III. Aplicação de uma perspectiva evolutiva nos exercícios físicos
IV. Comportamento motor e adaptações morfológicas
c. Raciocínio evolutivo aplicado ao movimento
I. Conceitos básicos de evolução biológica
II. Filogenia do Movimento humano
III. Cinesiologia Evolutiva I
a. Exploração de conceitos contemporâneos de Controle Motor na prática
I. Variabilidades
II. Foco atencional
III. Demandas físicas da tarefa
IV. Abordagem baseada em constrições
V. Comportamento postural
b. Habilidades motoras fundamentais I
I. Observação do comportamento motor em tarefas fundamentais
II. Exploração das habilidades a partir de uma visão contemporânea de Controle Motor
A. Apresentação do curso
1. Por que o Raciocínio Evolutivo aplicado às Ciências do Movimento importa?
2. Por que fazer movimentação baseada em raciocínio evolutivo se somos humanos contemporâneos?
3. Incompatibilidade evolucionária: conceitos introdutórios – parte I
4. Incompatibilidade evolucionária: estilo de vida – parte II
5. Biologia evolutiva: conceitos essenciais – parte I
6. Biologia evolutiva: conceitos essenciais – parte II
7. Biologia evolutiva: conceitos introdutórios para aplicação no movimento – parte III
8. Dor lombar e incompatibilidade
9. Dor por uma perspectiva evolutiva e biopsicossocial
10. Exercícios por um paradigma evolucionário
10.1. Cinesiologia Evolutiva e Prescrição de Exercícios
11. Paradigmas de Controle Motor
Você será cadastrado numa lista que receberá condições especiais para garantir a sua vaga na turma